TEMPO

No meu rosto que envelhece

vejo um sorriso brilhando

toda mudança é uma prece

que jovem se faz chorando.

O tempo não dá descanso

colhe a rosa esquece o espinho...

no segredo do remanso

perfumei todo meu ninho.

Mesmo com o sol se pondo

fica o céu todo brilhante

da noite sempre me escondo

minha luz sempre é constante.

Meu choro virou canção

do sorriso eu fiz pegada

se a vida passa em roldão

minha força é madrugada.

Enquanto o ponteiro corre

com sua sina de arraia

a sua esperança morre

bem cedo em ponta de praia.

Dáguima Verônica de Oliveira
Enviado por Dáguima Verônica de Oliveira em 16/07/2009
Reeditado em 17/07/2009
Código do texto: T1703669