A VELHA ROSEIRA

As lágrimas viram bolhas...

O mar cansado secou,

em seu leito algumas folhas

que a tempestade deixou.

Revive tantos horrores

nas folhas secas trazidas

por um oceano de dores,

hoje em águas já corridas.

Se recolhe, então, em prece

e faz trovas de improviso,

lindos versos ela tece

o amor chega sem aviso.

A saudade não permite

os espinhos sobre a rosa

sabe ela do seu limite

só no amor fica formosa.

Podada por tantas dores

no deserto ela se abriu

dos espinhos nascem flores...

Toda a roseira floriu.

Dáguima Verônica de Oliveira
Enviado por Dáguima Verônica de Oliveira em 18/07/2009
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