A nobreza de um Prêmio Nobel

No império azul, branco e vermelho

O presidente negro ganhou um prêmio

Reconheceu-se nele a paz

E não sua face voraz

Não é que não se reconheça

Não é que não se lhe tenha respeito

Afinal tamanha façanha é vencer o preconceito

Pois tendo a pele negra não é fácil ser aceito

O dilema é bem outro

Não que eu seja agoureiro

Mas ser íntegro e não torto

Onde o alicerce é o dinheiro?

Pelo sangue derramado nas guerras

Pela fome insana que o egoísmo semeia

Pela sede de justiça dos povos

Pelo selo da paz que recebestes

Interrompe a carnificina

Enche os celeiros do mundo

Combate a hipocrisia política

E torna-te mensageiro autêntico

Dessa dádiva tão gloriosa

Que para ser alcançada é dolorosa

Às vezes de forma até vergonhosa

Traga-nos a paz que é tão preciosa.

Astúrio Passos
Enviado por Astúrio Passos em 10/10/2009
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