Uma nova possibilidade de colher a flor Gravatá

Depois de um outono seco e frio

Sabe-se que de um vazio

Tenta nascer como um pequeno fio

A linda da flor do Gravatá

A terra ainda fértil

Regada aos conselhos simples da minha mãe, do meu pai

E dos meus amigos

Demonstra uma maturidade coesa e forte

Do que espera, do que quer e do que poderia querer

Porém a luminosidade daquele sorriso de outrora

Sorriso visto, remido e difundido

De uma tarde de domingo

É forte e capaz de empatar o possível crescimento de uma nova flora

O ciclo que foi impedido de seguir certo

Deixou a colheita de hoje nada perto

De ser como antes

É bem capaz de que o jardim do Gravatá

Não floresça mais

É bem possível que fique guardado na lembrança

Todo o colorido e a essência das flores que um dia tentei cultivar

Fico feliz, pois sei que a terra que hoje não

Pode plantar mais o Gravatá

Foi a terra mais encantada na colheita passada

O rio da vida que corre passando sobre o meu jardim

Mostra que novas sementes se aproximam

E novas colheitas estão por vir