CONFIE NA VIDA

Lua lilás pernoita no meu olhar

Pássaro dançante da madrugada enfeita a ponte

Água silenciosa invade a cidade

Homem paralisado atravessa a rua

Tanto controle das palavras gasta a leveza

O existir silencioso é o segredo

Observar e olhar profundamente

Deixando de lado o gritar da mente

Jaz em mim o destino do ego

Ao universo falo do meu pranto

À mãe terra, sussurro os sonhos

Ao amigo sol os medos retidos

Estou tão solitária e cheia de eus

Que permito o silêncio da passarada revolta

O toque sutil da menina que chora

E o palpitar do meu peito, já diz: - CONFIE NA VIDA!

JÚLIA ROCHA 03/11/2010

Julia Rocha
Enviado por Julia Rocha em 03/11/2010
Reeditado em 30/11/2010
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