Com o Sabor da Vida

Já não escrevo poemas.

A vida faz seus movimentos

Tranpondo-nos de lugares

Feito dunas ao vento.

Areias movediças parecem sugar

Esfoço e energia,

Sonhos e ilusões.

E se não há galhos salvadores às margens

O viandante perde a vida

E as esperanças são soterradas.

Mas os climas e os espaços

Felizmente não são apenas dunas e areias movediças

Podem ser um manancial de aprender

Um livro novo que se faz ao escrever

Sem pressa e sem tensão de se chegar ao final

Cada palavra, cada sentença, pode ser saboreada

Condensada, mas não tensa...

Os amores não precisam ser lúgubes

Nem os romances tórridos

Nem feito de olhos mornos

Precisam ter apenas o sabor da vida!