Exílio Social

Eu passei e observei o esgoto a céu aberto

As crianças corriam descalças ali perto

Naquele instante eu sonhei com o céu

Mas a realidade em volta era duramente cruel

Ali existem pessoas sofridas, um povo exilado.

Afastados da sociedade, politicamente abandonados.

Caminho por vielas estreitas e ruas cheias

Imaginei aquelas panelas que cozinham vento

Repletas de comida, lotada de alimentos.

Este povo exilado a margem de tudo economicamente

São vistos como meros eleitores inocentes

Dizem na TV que urna não é pinico

Que voto consciente muda o cenário político

Que é preciso investigar, antes de votar.

Mas cadê biblioteca, escola pro pobre se informar?

O homem que põe seu almoço debaixo da blusa no mercado

Não tem pra ler jornal nem cinquenta centavos

Só tem o palanque o horário gratuito

Pra adivinhar que sigla tem menos ladrão no partido

Faz quem sonha com arroz pagar seu valioso terno

Querem dar discurso apontando o que é certo

Quem planta esquecimento, colhe violência.

O medo espalhado pelas ruas é a consequência...

Da sua falta de consciência da sua falsidade

O esquecimento é retrato de um exilio da sociedade

Espero ter vencedores saindo deste exílio social

Mas por aqui vencedor é quem terminou ensino fundamental

Que não tem foto com rosto coberto no jornal

Peço que Livre-nos de todo o mal !!!

FaBinhO Endecha Veraz
Enviado por FaBinhO Endecha Veraz em 04/05/2011
Código do texto: T2949053