borboletas
pequenos confetes voejam
sobre o verde derramado pelo caminho
em asinhas sencíveis que abre-fecham ríspidas
misturando cor e movimento
e os mil círculos multicromáticos se sucedem repetidos
num som aveludado de pequenas trombadinhas
tão delicadas quanto a manhã que as sustentam
e ao pensar que tanto a manhã
quanto as cores se debotam com o tempo
percebo o quão pior que a morte pode ser,
uma vida sem cores