NÃO FOI EM VÃO...

Distância que me incomoda muito,

Um semblante perfeito na minha mente

Éramos unidos na dor

Dentro de uma luta ferrenha que parecia não ter fim.

Na nossa vida de bom mesmo só o nosso amor

Que suportava toda dor,

Lembro-me da lamúria

Eram tempos de horror

Vivíamos mergulhados em lutas

Parecia não ter fim diante de tantos dissabores.

Dias sofridos

queixos caídos

apesar de mãos destemidas eram dias mal vividos, éramos guerreiros apesar de maltrapilhos.

Cenário caótico, esperança sofrida,

Ainda nos restava a vida,

Era tudo o que tínhamos e não podíamos pensar em perdê-la

Pois sabíamos que num futuro bem próximo pessoas especiais iriam precisar de nós.

Pai, meu amado pai, tu estás tão distante,

E ao mesmo tempo tão perto

Já não estamos mais no deserto,

Hoje tenho você dentro de mim,

Saiba que a tua semente vingou desabrochou, prosperou e aumentou.

Valeu a pena as lutas, pois elas nos ensinaram a suportar todo tipo de dor.

Rebentos vieram oriundos de uma geração forte

que não teve medo da morte

desdenhou da própria sorte

encarou de peito aberto as tempestades da vida.

Papai a sorte foi mudada,

a tempestade acabou,

um novo dia brilhou,

trazendo muito amor.

Cessou toda dor,

uma nova linhagem... chegou,

disposta a vencer na vida,

todas graciosas e lindas,

que fazem questão de dizer que são frutos da semente que um dia o senhor plantou.

Antonio Filho
Enviado por Antonio Filho em 23/07/2011
Reeditado em 08/08/2011
Código do texto: T3112983
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