O rei derrotado

São terras inexploráveis, onde os homens apenas sonharam tocar.
São pedras indestrutíveis, quais me servirão de alicerce!
Não existem caminhos, cada passo é um mistério a desvendar
E não existe santo nessa terra ao qual eu deva uma prece!

Quero uma nova ascensão já que eu sobrevivi à queda...
Não vivo mais na escuridão, de quando eu perdi a guerra!
Joguei fora a minha armadura machucada...
Deixei onde eu não reino mais, onde eu perdi a coroa no fio da espada!

Lá o rio era corrente de boas águas, águas que tanto mataram a minha sede!
Mas tenho que aceitar a triste verdade de um fato que não mente,
O rio se torna passado a todo o instante e é mutável desde a sua nascente!
E aquele rio tinha o seu destino certo, sempre seguiu em frente!

Águas que passam se torna passado e de águas passadas eu não bebo!
Mas às vezes não é assim que eu me vejo...
O passado de lá atormenta o meu futuro presente!

Se já fui rei de lá, deixo minha terra feliz, deixo que o outro vá reinar contente!
Já vislumbrei meus horizontes e expandi minhas vontades!
Não há razão maior do que reinar na felicidade!

Montanhas de aço e arvores de marfim.
Flores de bronze, cristais em meu jardim!
Tudo está lá, basta eu ir e explorar os seus mistérios!

Escolherei o centro de tudo para construir o meu império!
Me pego sonhando como tantos outros e nem comecei a tentar!
Não há nada que me impeça, devo logo começar a marchar!
Avante! Avante, Tropa de um homem só!