O viajante.

O Frio é meu companheiro de jornada.

Sobre a neve, alva, caminho rumo ao nada.

A noite se vai; perde-se o silêncio.

Escuto o uivo do faminto lobo cinzento.

Corro, mas pareço não sair do lugar.

Branco é a cor da paz, mas parece me matar.

Agonia, entro na primeira fresta.

Uma caverna.O suor ainda corre na minha testa.

Acendo uma tocha para iluminar meu caminho.

Morcegos voam, bem, não estou mais sozinho.

Ando, ando, na caverna sem fim.

Maldito destino, veja o que reservou pra mim.

Sem esperança choro, com medo.

Lembro de bons momentos.

Quando risadas eram fartas, e poucos eram os lamentos.

Quando formigas no jardim eram meu maior tormento.

Logo volto a realidade.

Como cheguei aqui?

Também não sei.

Ainda descubro a verdade.

Ainda voltarei a sorrir?

Também não sei.

Weslley Santos
Enviado por Weslley Santos em 13/10/2011
Código do texto: T3275291
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