A FORÇA DA VIDA

Olhando embevecido o entardecer

E o véu da noite que tudo esconde

Percebemos que, também pela vida,

Há um outro lado, não se sabe onde.

Há momentos em que se acredita ser

Toda a nossa vida um eterno escuro

Quando se procura e não há saída

Para atravessar o lado do muro.

O muro que nos cerca e só pelo medo

Fazendo-nos prisioneiros do seu lado escuro

E como sentença: esquecer a vida

Que corre serena por fora do muro.

E a vida escorre cheia de lamentos

Porque lamentar é a força do medo

Que destrói, aniquila e mata

Como força maldita em atroz segredo.

Mas chega um dia e o mundo desaba

Apesar do medo que nos deixa mudos

Partindo correntes, reabrindo portas

Porque a força da vida sempre vence tudo.

E como náufrago que encontra a praia

Se os remoços de um velho baú.

Há de se olha sereno o horizonte, a noite

Porque no amanhã haverá sempre, luz.

Agamenon Almeida
Enviado por Agamenon Almeida em 31/12/2006
Reeditado em 31/12/2006
Código do texto: T332450
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