PESADELO TRAÍDO

Em estrada íngreme andei, esfolei meus pés

Em vales cair, levantei, montanhas escalei

Sem olhar para traz, na minha frente apreciei

A paisagem que era uma galeria natural, celestial.

Desci segui viagem por outros caminhos espinhosos,

Sozinho sentir arrepios os desafios sombrios,

Cansada parei na beira do rio, banhei-me em água gelada,

Estremeci arrepios de medo surgiu, levantei e seguir

Viagem por uma estrada cheia de curvas perigosa,

Adrenalina me anima; adiante uma via de mão dupla

Congestionada, tentei ultrapassar tive que recuar,

Sem chance adiante um acidente de percurso.

Voltei para meu velho caminho, tem momentos

Que não dar para pegar atalhos e sim seguir.

Travessias difíceis vão surgir, estarei aqui aberta

As emoções e possibilidades, pedir conselho a sabedoria,

Entendi que estou bem na minha companhia.

Intuir e seguir ouvindo meu coração, sem sedação,

Seguir meus instintos sem me lastimar.

No labirinto entrei faminta descansei,

Queria esgotar o cansaço, consumir devagar

Gota a gota até exaurir-se, pacientemente esperei.

Liberei minha caminhada que segue livre sentindo

O ar perfumado com o seu curso calado.

Marta Cavalcante Paes
Enviado por Marta Cavalcante Paes em 27/01/2012
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