O Nascimento do Sol

O dia em que o sol nasceu,

Era um dia muito escuro

Não havia nem estrelas

No sub-céu-mundo.

Céu era definido por um extenso tapete negro,

O mundo era pleno sossego,

Como um bebê a adormecer.

Mas veio o despertar

E acordou o mundo inteiro

Num abraço gigantesco e iluminado

Tão belo que a luz intensa a todos cegou.

A escuridão então, voltou.

Todos esperaram até o fim de suas vidas

Para ver o brilho novamente,

Mal sabiam que o sol estava ali, à sua frente.

Farto, triste de não ser notado,

O sol resolveu adormecer.

Esperançoso voltou dia seguinte

Na expectativa de ser notado,

Iluminou a todo lado, mas ninguém o comentou.

Um peregrino percebeu o tumulto,

Guiou-se apenas por fachos de luzes e vultos

Sem para o belíssimo céu olhar.

Entendeu toda situação e ensinou os filhos dos filhos do sol

Que ele não pode ser admirado.

O sol, enraivecido

Pensou em deixar o solo ARDENTEMENTE aquecido!

...mas logo se arrependeu e foi embora.

Às vezes o sol se esconde

Às vezes o céu chora.

Sempre cansado de esperar

Vai embora e se esquece...

No outro dia sempre volta.

E quando cansa,

Anoitece.

Natália Camargo Dutra
Enviado por Natália Camargo Dutra em 02/04/2012
Reeditado em 02/04/2012
Código do texto: T3589981
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