A Sabedoria das Pedras

Sociedade perturbada.

Retrato urbano,

vida tentando sobreviver em meio a edifícios e asfalto, puro concreto.

mundo pálido pintado de cinza, nem preto nem branco, simplesmente indiferente, sem sentido.

é o ser humano banhado em cimento,

que ferve e queima ao meio-dia,

na loucura, no sexo por sexo,

no uso de alucinógenos e entorpecentes

e no barulho exagerado de guitarras, gritos e gemidos.

bloqueio da emoção pela perturbação.

e não mais que de repente,

estoura a cara no muro da ilusão.

meia-noite, o que queimava, agora é frio e solitário,

sombrio e vazio,

um objeto perdido,

sem memória e sem porquê.

Os manipulados pela selva de pedras

tentam uma fuga dessa realidade através de prazeres frustrados, aqueles que não satisfazem jamais

e acabam presos na ânsia te tentar uma vez mais, e mais, e mais...

é um jogo de azar... uma multidão de ilhas num deserto de sentimentos.

Insano, cruel, superficial e triste o retrato de uma boa parte da realidade humana!

é esse o tipo de poema que eu gostaria de escrever.

Di Rodrigues
Enviado por Di Rodrigues em 16/04/2012
Código do texto: T3616558
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