A folhinha seca no asfalto

Quando parei e olhei não estava mais lá.

O vento veio e levou

O que era?

Uma folhinha seca no asfalto.

Ah, dessas tem muito no outono.

Não, essa foi especial!

Que tinha ela?

Era minha vida que veio e que foi.

Era minha vida que estava e que não foi.

Era meu tudo que desnudado, deixou de aparecer,

porque não passava de um nada

Era minha vida que chegou

e logo quis ir

Mas eu não deixei, puxei-a pelo braço.

Ela retrucou

Larga-me mancebo.

Não tenho nada contigo...

Eu disse

Seu nada é tudo

Quando eu digo vida, quero dizer viver.

Viver,

viver e nada mais.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 23/04/2012
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