O último riso

O sêmen da hipocrisia fecundou a ambição

E o orgulho corroeu os alicerces da humildade,

O ciúme anestesiou sintomas de fraternidade

E o mundo adormeceu enfermo na escuridão.

A saudade trancafiou-se na clausura dos envergonhados

Enquanto a solidão prostrou-se em rabugenta enfermaria,

O preconceito assumiu deprimente função de chefia

Forçando o amor a camuflar-se sedento e desbotado.

A intolerância passou a governar livre e absoluta

Aprisionando o perdão distante do ringue de disputa

A fim de que o ódio e a maldade ditassem regras...

A perseverança recebeu da esperança o antídoto da resistência

E o bem sobrepujou-se sereno diante de todas as maledicências

Restituindo no reino universal os prazeres do planeta Terra!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 10/06/2012
Código do texto: T3715318
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