Grão de sal

A dor é lenta

A lua grande

A alma não esquenta

E nada faz com que o espírito ande

Ele de longe me vê

E sabe o quanto sofro

Pois de meus pensamentos vivo a mercê

Sinto-me nada e como nada ando

Vivo de tudo que um dia foi meu ou nosso

Lembrar do carinho por me deixar respirar me faz seguir andando

Mas contudo sou um grão de sal e nada posso

Sobrevivo da lembrança

Sofro pela ausência

Mas não perdi a esperança!

Esse relacionamento espiritual

Que às vezes parece inerte e inerente

Me mostra que somente em Deus sou um ser real

E que só Ele fará com que minha alma não seja mais dormente