Vestida de amor

O fio de navalha corta-lhe o rosto

Em pé de chinelo velho, vistoria a história.

Os cabelos tingidos ao fundo numa ilusão retórica

Distrai a rede que balança e em nada avança.

Cai do chão os óculos em imagem inóspita,

O vento balança as esperas

E hoje saio vestida de amor.