LINHAS DA MÃO

LINHAS DA MÃO

Abro a mão.

Um redemoinho de linhas me olha, taciturno,

como um espelho quebrado.

Tento desentranhar os traços

que se cruzam e se entrelaçam,

bordando o desenho do meu destino,

mas só tenho o ponto de partida, sem chegada.

Quanto mistério se esconde nas entrelinhas

desta arquitetura que, dizem,

foi projetada antes do alvorecer.

Eu continuo prisioneira desse enigma...

Vislumbro a sombra do meu roteiro,

detalhes incertos, imprecisos,

que nada dizem.

Comparo, indago, insisto,

só uma teia obscura continua a me desafiar:

quem comanda este roteiro

entre o princípio e o fim?

Basilina Pereira

Basilina Divina Pereira
Enviado por Basilina Divina Pereira em 30/09/2012
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