QUADRO ÍNTIMO.

Para uma noite sem soturnas sombras

Desnudo tua alma e recubro a tua pele

Embevecido pelo teu apócrifo viver

Sigo o lume de olhares transcendentais

Em místicos rituais de corriqueiros dias

E o cético entranhado em minhas certezas

Pelo paroxismo de meus íngremes paradoxos

Sempre em transe no abismo de meus conceitos

Nunca desairoso com o que tenho de ti em mim

Para proteger-me desse celerado distanciamento

Adornado pelas incongruências de meu cotidiano

Nos infungíveis ponteiros de incansáveis segundos

Recubro minha alma e redescubro a tua pele

Nesse indelével ciclo de nossos vários matizes

O quadro surrealista de nossas vastas indagações

Dentro da moldura de nossos intrínsecos espaços

Sob o espelho das incólumes vertentes do querer

O reflexo de tudo o que foi é e ainda está por vir

Balsamo das íntimas esperanças imorredouras

Alimentam minha certeza de ser plenamente teu

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 10/12/2012
Código do texto: T4029209
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