REALIDADE CRUEL
Minha mão acaricia uma pequenina flor...
Frágil, perfumada, delicada, sedosa...
Penso que ela se encontra afogada em dor,
Pois, entre pedras, só pode estar desgostosa.
Quão bom seria trazê-la de encontro ao peito,
Para que sentisse o pulsar do meu coração...
Para que enxergasse que o mundo não é perfeito
E para que perfumasse a minha solidão!
Digo-lhe: Oh, flor! Vem ser minha companheira!
Preciso eliminar a tristeza e a agonia
Que me acompanham pela vida inteira!
Responde-me, ela: a sua solidão me inquieta
- Quisera ser para sempre a sua companhia -
Entretanto, há flores que nascem para as pedras!
Alexandre Brito - 22/02/2013 - 11:55