A NATUREZA QUE AMO

Meu amor pela natureza nunca teve limites

Amava-a sem entende-la, desde tenra idade

Pequeno, embrenhava-me sozinho, nas matas

Na busca quase mística, de alguma identidade

Hoje ainda me guio pelo cheiro da terra

Trago a pele de sol e de chuva embebida

A natureza é um presente, que eu cultivo

Uma pedra delicada que Deus ainda lapida

Quando as forças do insondável me levar

Cessando finalmente as alegrias desta lida

Pedirei que minhas cinzas sejam espalhadas

Sobre as florestas, c/ uma chuva benigna

Esta vai ser a última herança deste amor

As cinzas serão pelas plantas absorvidas

Consentindo que eu reviva os eternos ciclos

Indo e voltando pelas plantas renascidas

Assim fluirei nas seivas que as abastecem

Esverdeando folhas, fazendo a flor colorida

Despertando, permeando o ciclo das sementes

Continuando através delas, a magia da vida!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 20/03/2007
Reeditado em 25/12/2017
Código do texto: T419904
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