CÍRCULOS CONCÊNTRICOS

Hoje me vejo em um labirinto de círculos concêntricos

Por ações de outrem susceptível a conceitos introjetivos

Entendo em que contexto exista a contestação invasiva

Mas fujo de incautos posicionamentos evanescentes

Anômalos aos meus princípios e até as minhas abstrações

Arvora-me o alvorecer de extrínsecas e intrínsecas atitudes

No refluir de abomináveis arautos em plena metamorfose

Delineadas por transfiguradas veredas que tive como caminho

Pelo tropismo das íntimas sensações um dia na pele afloradas

Sei do esplendor onírico da volubilidade de teus encantamentos

Do perene anseio de uma liberdade ainda presa ao imaginário

Como não singrando os vastos oceanos das incompatibilidades

Dos espectros da visceralidade das emoções transcendentes

Do arrebatamento envolto pela fertilidade do bel prazer

Na erupção do vulcão que tem o antagonismo como lava

Sinto-me ainda abraçado por tuas inigualáveis blandícias

A envolver-me como um casulo tecido por tua brandura

E o impactante desdobramento dela em meu cotidiano

Então fujo do opróbrio das intempestivas vicissitudes

Nunca irei elidir meus erros e meus muitos defeitos

Pois ser o tempo algo abstratamente incoercível

Resta-me então a esperança de algo renascente

Onde brote com todo esplendor o que tenha que ser

Frutificando em mim a luminosidade do que virá

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 16/04/2013
Código do texto: T4243834
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