Reaprendendo a viver

Reaprendendo a viver.

Não quero engordar contas bancárias

E levar uma vida solitária

Sem paixão, sem surpresas, sem magia.

Para que ter dinheiro na poupança

E viver inerte, triste, na esperança,

De um utópico amanhã sem alegria?

Tenho sede de sair, sede de vida!

Não quero ver a minha história acontecer

Das grades da minha janela, escondida.

Quero ouvir o som da minha alma criativa,

Libertar-me de conceitos que me mantém cativa,

Encontrar a minha terra prometida.

Quero das coisas o valor e não o preço...

Quero exigir da vida, o que mereço,

Viver meus sonhos custe o que custar.

Quero sair do casulo, ser crisálida,

Fugir de uma vida infértil e árida,

E o tempo que me resta, aproveitar.

Nilda Dias Tavares.