DA ESPERANÇA DE SEMPRE. . .

Sou o que sou,

porque vim de ti;

vivo no meu canto,

feliz, conformado,

porque sei que

me darás, ao final,

o merecido descanso;

Céu e Purgatório

não me assustam,

quer pela grandeza

do primeiro;

quer pela expiação

do segundo...

Serei, pois, a mais

quieta das esperanças:

aí... (no Céu);

lá... (no Purgatório);

como aqui,

"neste inferno"...

ainda que com seus

prantos e pedras,

mas na vil

e adorável dimensão

das impuras incertezas...

(Tadeu Paulo - 2007)