tapete das horas

é nesse instante único

que me deito na espera

e vislumbro a quimera

numa prece urgente

e necessária...

que não descansa sob o sol

e não deixa de sonhar...

observo, quase que tocando-te

tamanha vontade de aplacar

a ansiedade das horas

e da prisão dos sentidos

ora grito, ora calo

na verdade, me perco

dedilhando seu poema

num querer de uma entrega

quase que total

não fosse minha desatenta lógica,

que me faz perder a noção

de entender que não é meu poema

e eu nessa pretensa vontade de fazer parte

esqueço que é preciso o "quereres"

num plural de amor e vontade

e numa entrega inexistente

de olhos e mãos

que me dediques

que me dedilhes

além da impressão

que já pertence ao meu peito

que se desenhe no seu coração

um tapete de sonhos e belezas

dessa primavera que amo

e que respiro nas "últimas" horas

Rose Rocha
Enviado por Rose Rocha em 08/10/2013
Código do texto: T4516507
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