I N S O N E . . .

Uma poeta delira

e se encanta,

com a lira que toca,

e a Lua que brilha

e baila na chama de prata

que não te consome,

-- a consciência --

A luz metálica

tem um doce perfume

e ela o sente na vista,

na memória e língua...

O acre ácido de seu gosto

fustiga o rosto em alvoroço

e da boca saem

‘luas’ iluminadas...

crescentes e intocadas,

-- virgens frementes --

E em sua estelar altura

da amargura, recria

a própria consciência,

e mergulha no inconsciente

e mágico lirismo,

louco de sonhos e versos...

...e enfim... dorme!

(Tadeu Paulo – 2007)