Solidão vermelha

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Crivo meu olhar no cimentado chão;

chão de estranhezas térmicas.

Humilhado, sigo meu séquito desejo...

O que busco nem mesmo sei.

Ao chão, silente, de garboso vermelho,

tinha uma folha, perdida no deserto.

A brisa me sopra.

Sorvo ar de puro e invisível hálito.

Revisto-me de mais incertezas.

Que bons ventos, levianos,

trouxeram-me tão amável singeleza?

Preciso de incertezas,

urge prosseguir...

Na dimensão terrena,

do cimentado pano da cidade,

tenho, dentro de mim,

ingênuo coração que pulsa,

buscando estar a dois.

Iguatu-CE, 30 de janeiro de 2014.

13h20min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 30/01/2014
Código do texto: T4671110
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