A Janela do Tempo

Quis observar a passagem do tempo,

Na nuance da luz da lua e do sol,

Meus olhos não observaram a contento

As flores nascendo e morrendo em arrebol.

Quis observar no relógio os ponteiros,

Na constante volta circular,

Não somos últimos nem primeiros

Na contagem humana secular.

Quis observar a quantidade de amigos,

Na conta sem numero de meus dedos,

Mas nas fotos e bilhetes antigos

Não houve abatimento de meus medos.

Quis observar a janela entre futuro e passado,

Na presença incontínua do presente,

Mas só pude permanecer calado

Quando sem explicação me senti ausente.

Trombetas 12/01/2014 nesta janela de tempo.

JULIO A MARTINEZ
Enviado por JULIO A MARTINEZ em 06/02/2014
Reeditado em 06/02/2014
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