SURPRESAS

Adormeci deserto

Incerto, árido, caudaloso.

Sono inquieto, vento fatigante

me arranhando a face

tempestade de solidão!

Á minha frente só sequidão,

Sem festas nem riso.

Medo, frio, sede de alegria...

Mais eis que desperto mar azul!

Céu ensolarado, brisa terna e doce

a acariciar minha pele.

Eu, outrora peregrina no deserto, agora

navegante num barquinho em meio a um oceano

de calmaria, ventos alísios e um amor

que me toca a alma.

Eis que a vida se abre em surpresas!

Há sempre uma ponte entre o desespero

e a esperança.

ELISA FLOR

Elisa Flor
Enviado por Elisa Flor em 13/03/2014
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