Trem fantasma
Trem fantasma
Encolho me na madrugada fria,
Na plataforma de uma vazia estação,
As luzes há muito se apagaram,
Não há clarão nem de pálida lua,
que me indique uma única direção.
Os pensamentos voam como mariposas,
Incertos na escuridão da noite,
Espero o clarão dos tempos de outrora,
Mas nos turbilhão de meus anseios,
Acabo perdendo-me nos meu medos.
Longe eu vejo uma luz tênue,
Que célere avança sobre as paralelas,
As paralelas de trilhos, da vida talvez,
Então, de repente passa um trem vazio,
Fantasma sumindo num horizonte infinito.
Sigo-o até perder de vista,
E aguardo pacientemente,
Que um dia, esse trem chamado vida,
Pare nessa fria estação,
E , eu viaje, viaje para a renovação.