PRIMAVERA
A frieza da realidade esmaga a rosa
Que tenho em minhas mãos
Ela pode destruir os jardins
Que perfumam os sonhos
Pode perfurar a paciência
Com que desato as dúvidas
E destruir os caminhos onde anda a fé
No dia a dia
Onde as esperanças são tecidas
Todavia ela não pode deter o renascer das certezas
Que vem pelo sol das manhãs
Nem pode impedir a chuva
De molhar o chão e renovar os espíritos
Nem jamais impedirá a primavera
De se irromper nos meus olhos
Quando te vejo!