O lado negro dela

Eu sou aquela, que se apaixonou muito cedo.

Eu fui amada, beijada e por vários tipos de pessoas existentes, enganada.

Eu sou quem chorou pelos cantos escondida, por amor e por medo.

Medo por ter sido, rejeitada, largada até recentemente, abandonada.

Eu tenho cicatrizes e marcas da vida por dentro e por fora.

E tenho marcado na história, momentos que cheguei ao fundo do poço.

Que morri de desgosto, por Deus, pela doença, pela minha memória.

Que relembra tais estórias de uma vida ruim.

Sou o fim da crença, a desilusão se apegando na esperança.

Sentida na carne a vontade de desencarnar.

Aquela que queria apagar, toda dor, tragédia, cirurgias, toda lembrança.

Queria ter uma vida pronta para recomeçar sem lamentar.

Apaga os cigarros, esquece a bebida.

Apagas todas as drogas que se instalaram em mim.

Tira de dentro, uma vida de ruínas.

De azares, acidentes, coisas ruins que parecem não ter fim.

Chega de ser aquela que foi agredida, traída, iludida ou deixada pra trás.

Esquecer que foi violentada, aliciada, com marcas que parecem não se apagar mais.

Que venham os momentos de sorrir, ser feliz.

Uma vida nova pra seguir ou simplesmente tal felicidade poder sentir.

Nanda Mel
Enviado por Nanda Mel em 02/09/2014
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