Esperança queixosa

Minha pele queimando pelo calor do sol eu grito por ti, oh mar.

E, até dezembro chegar... Longe de ti, não sei que posso fazer.

E te peço: atravessa, rapidamente, os tempos e vem me consolar,

Deste calor primaveril, que só sabe fazer minha pele secar e arder.

Meu corpo queima e dói, nesta tarde ardente, oh amoroso mar!

Neste sofrimento, oh mar! De ti só tenho a visagem da imaginação

De te ver ao longe, balançando-se como o amado que me vem beijar

O corpo que no calor ardente, sonha contigo a apagar minha solidão.

E, enquanto dezembro não chega e eu possa te encontrar, choro a ti

Que longes estás e, não podes com tuas águas a minha angustia amenar.

Mas, quando este dia chegar, oh mar! Será somente prazer e a ti sorrir

No teu balanço de sol e água, de vento e lua..., nas tuas suaves ondas, mar.

Ah, como gosto do mar! Ele é meu brinquedo de verão, meu gentil enlevo

Que não há outro igual, para no calor do verão, meu corpo e o coração afagar.

De um jeito tão meu, que enquanto ele não chega, o meu peito é só dor e ensejo

Que vai se transmutar em prazer e alegria quando em dezembro no mar eu chegar.

Francisca de Assis Rocha Alves
Enviado por Francisca de Assis Rocha Alves em 10/10/2014
Código do texto: T4994428
Classificação de conteúdo: seguro