Divina tristeza

Certas lembranças ainda magoam

E tinham mesmo que magoar.

Certos gemidos ainda ecoam.

E ainda existe uma voz que anseia gritar.

Houve um caminho qual eu não queria passar, mas foi preciso.

Triste e Sozinho a caminhar, sem parentes ou algum amigo.

Deus dosou certamente a surra que eu tomei

E eu espero nunca mais precisar.

Foi triste ver os sonhos que eu sonhei...

Quase por um triz, escoados pelo ralo da banheira a derramar.

Ainda tenho medo do que possa vir...

Não Estou preparado para mais surras.

Acho que chegou o tempo de sorrir

E calar a voz do monstro que com voracidade urra.

Só peço a Deus misericórdia...

Já não quero mais nenhuma Mazela.

Só oro por misericórdia...

E que eu possa finalmente ser feliz junto Dela.

Depois de tantas divinas comédias e santas melodias.

Descobri que o meu santo não é de barro,

E o sangue derramado voltou a circular com maestria