poesia...poesia
Minha arte liberta, todavia entre grilhões.
Toda arte , liberta, faz do fraco um forte.
Do oprimido dono de si mesmo.
Embora seja o contraste da realidade.
Nossa bandeira não tem mastro
Nossa luta; não tem causa.
Nossa causa; não tem luta.
Respiramos paz.
Aspiramos ódio, medo , revolta.
Inspiramos o mundo, nossa glória,
Nossa arte.
Poesia vadia, poesia bandida.
Que me entrelaça num pedaço de papel.
Basta caneta, lápis , borracha .
Logo, toda dor passa ou dá passagem,
outra dor passar.
Apagando os borrões escondidos,
Desejos suprimidos, há sempre uma
Linda moça pra deitar.
Poesia... poesia.