poesia...poesia

Minha arte liberta, todavia entre grilhões.

Toda arte , liberta, faz do fraco um forte.

Do oprimido dono de si mesmo.

Embora seja o contraste da realidade.

Nossa bandeira não tem mastro

Nossa luta; não tem causa.

Nossa causa; não tem luta.

Respiramos paz.

Aspiramos ódio, medo , revolta.

Inspiramos o mundo, nossa glória,

Nossa arte.

Poesia vadia, poesia bandida.

Que me entrelaça num pedaço de papel.

Basta caneta, lápis , borracha .

Logo, toda dor passa ou dá passagem,

outra dor passar.

Apagando os borrões escondidos,

Desejos suprimidos, há sempre uma

Linda moça pra deitar.

Poesia... poesia.

Hugo Neto
Enviado por Hugo Neto em 14/06/2007
Código do texto: T526122