Sobrevivente
O que senti quando te vi,
com teus olhos de assombro,
pés descalços pisando
na cidade crua: desesperança.
Não te pertences,
nem a lugar algum.
Tua alma anseia
por um lampejo de vida.
E esta cobra o preço
a cada um que sonhe
e que não seja apenas
a sombra de um sonho.
Que sejas uma luz nessa estrada,
onde a fé sem amor
não é nada
mais que dúvida sombria.