Mudando as marés

Em algum lugar do mundo

gravaremos nos dias

cada presente de amor

forjado na onda que nutre

nossos seres

escoando marés

planando sentidos

convergindo amores

beijos investidos

pecados concedidos

Em algum lugar do tempo

silencio todas as liberdades

circulando nos oceanos

fantásticos

Suplicarei em cânticos

todos os lampejos do sol

onde guardo e jamais

olvido essa luz

que solta mil plenitudes

de amor pulsando

expedito

Junto ao coração que brinca

entre marés de ilusões

deixarei impresso

minhas loucas intrusões

inspirando todas as equações

onde matematicamente elaboramos

todas as adições de tempo

sem mais perder a apoteótica

e precisa resolução geométrica

onde negociamos

as formas

a arte

as sombras…nossos seres

tão próximos ou longínquos

nesta trigonometria transbordando

palavras e cálculos precisos

no rumo das marés

a cada instante numa onda galopando

Mudando as marés

contemplamos todos os

labirintos onde mergulhamos

nossos suculentos beijos

vagabundeando no sopro

do teu perfume

retendo os gestos fitando

a memória acometida

libertando todos os ventos

assobiando no odor

de cada aragem propiciatória

e mais atrevida

FC

Frederico de Castro
Enviado por Frederico de Castro em 25/11/2015
Reeditado em 25/11/2015
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