Procurei para Encontrar...

Só! Caminhava

Pela noite fria...

Como se fosse a primeira vez

Na desoberta de cada espaço

Numa escuridão camuflada

Cercada de um silêncio cúmplice

Caminhava,

Deixando para trás

Ruas, travessas e pracetas

Como quem deixa um passado

Sem noção do tempo.

Caminhava...

Reflectindo

Numa retrospectiva da vida

Analisando os diferentes momentos

Que compõem o destino

Pela noite fria...

Fumando um belo charuto

Exercia o direito de ser feliz

De sentir-me a mim próprio

Longe de tudo, longe de nada

Só!

Caminhava pela noite

Que de fria

Tinha apenas a tua ausência

Era essa descoberta...

Só! Caminhava pela noite fria...

Lisboa, 20 de Abril de 2002