Esperando na janela, na porta...

Meu amor não ser meu causa Pânico,

vê-la distante noutro espaço cênico;

poderia fingir não ligar e seria cínico,

mas, sincero, pontuo de modo tônico,

que tal amor faz falta, pois, é único;

campo de força que agora nos separa,

será vencido, perseverança o espera;

coragem que seu furtivo olhar inspira,

fere estimulando, como fere a espora,

na vereda do amor, meu vinho apura;

paixão precisa freios pra conter a fala,

rubra tal qual a lua de sangue aquela;

estrela distante que muito perto rutila,

essa ternura sem uso meio que amola,

o gol contra que só a vinda dela, anula;

Sei que alguns me chamarão de tantan,

o louco; acreditando nesse nhém-nhém;

esses mesmos ainda ouvirão um tim tim,

quando estiver comigo o meu bom bom,

e solidão levar devido pé, no bum bum...