PÁSSARO ERRANTE

PÁSSARO ERRANTE

Estás cercado de flores sem nome, coloridas

Atraído por tão selvagem beleza

Nem lembras desta rosa desbotada.

Outrora fui de ti a predileta.

São as verdades expostas que me fizeram

Perder o tom carmim que

Era a expressão do amor que eu trazia

No coração.

A tua espera... Murchou as esperanças,

Esgotaram-se minhas forças.

Não resisti ao inverno tão constante.

Abatida te peço não voltes

A este jardim.

Pássaro errante aparece todos

Os dias.

Estou precavida.

Fique longe de mim.

Não tiveste piedade desta flor.

Hoje estou entregue á dor.

Mas amanhã é outro dia,

Há de me chegar outro beija-flor!

Tânia Mara Camargo
Enviado por Tânia Mara Camargo em 18/07/2007
Código do texto: T570081