Recomeçar...
Quando não mais resta vestígios,
De um Eu que se esvai no tempo,
Os cacos espalhados pelo chão,
É a certeza de quem se foi...
São folhas que voam ao vento,
Se perdem na imensidão do céu,
O seu almejar, o seu sonhar,
Desfaz-se, deixa-se ir...
As vezes é necessário perder-se,
Para achar-se, ir de encontro,
Reinventar a sí mesmo!
E o que se foi?
Convicção de quem deixou de ser,
Para ser de fato quem é...
O renascer faz parte do cotidiano,
Da vida em seu curso natural!
É preciso rasgar-se inteiro,
Fazer sangar, sangrar...
Para ressurgir, para recomeçar!