Jardim Suspenso
No árido deserto das decepções
Encontro o oásis da fé;
Fé no que ainda tenho a fazer,
Fé no que ainda posso mudar...
No árido deserto dos dissabores
Encontro o oásis da esperança;
Esperança no que posso plantar,
Esperança no que tenho a colher...
Do árido deserto dos desenganos
Encontro o oásis da harmonia;
Harmonia que faz história,
Harmonia que semeia amor...
Do árido deserto busquei a solidez das rochas
E edifiquei sonhos;
Do árido deserto busquei grãos de areia
E construí castelos;
Do árido deserto busquei vida
E construí o presente.
Do árido deserto ?
Nem sombra !
Nascentes de esperança regam o terreno.
Jardins de felicidade brotam em infinitas cores.
Pássaros, borboletas, joaninhas, vespas...
Como uma aquarela de perfeição suprema !
Formigas, cupins, pestes, ervas-daninhas... vêm...
E como numa fusão cósmica
Logo transformam-se em fertilizante
E um novo jardim brota em infinitas cores !
E árido deserto ?
Nem sombra!