ANTES TARDE DO QUE NUNCA

ANTES TARDE DO QUE NUNCA!

O ponteiro não se detém

Marcam as horas ausentes.

A vida passa, nada tem graça

Meu querer além

E além

Não sou ninguém.

Quero existir, fluir,

Sentir.

Daquela culpa me redimir,

Deixar a vida partir sem resistir!

Arrancou do meu peito o sentir

Meu coração levou contigo

Desprezo, faca afiada a ferir

Eu não merecia tal castigo

Vivi um tormento, aos pesadelos

Sonho ruim me despertou quando morri

Logo existi e não vivi, padeci

Meu destino ficou ao flagelo

Desta culpa vou me redimir

Não mais irei me iludir

Cansei de viver em detrimento

Contigo aprendi a me amar

Das amarras vou me libertar

E solenemente enterrar o sofrimento!

Tânia Mara Camargo
Enviado por Tânia Mara Camargo em 25/08/2007
Código do texto: T623679