Ri
Ri de teu choro, a lágrima vertida;
Da noite escura em solidão cruel;
De cada encontro, a dor da despedida;
Do beijo doce, o amor tornado em fel.
Ri dos amigos, fiel falsidade;
Da mesa impura em santa comunhão;
Do leito sacro, a vil promiscuidade;
Dos falsos votos de uma vã união.
Ri! Por que choras leite derramado?
Águas passadas não movem moinho.
Tu deste amor e foste abandonado?
Descarte o velho. Tome o novo vinho!
Moses Adam
SP, 1001/2012