Um novo amanhã
Por quem estará o amanhã?
Cego relógio que para
Cego aquele que o olha e não repara
Forte é a palavra sob emoção
Que consome toda a situação
Voz que cala sem um som
Voz perversa e amarga que destrata este coração
Sem dor, cego, eu vejo a luz sob escuridão.
Cego, surdo e mudo percebo que falar, gritar, não é necessário para expressar.
Amanhã incerto que veio me buscar
Sem aviso e nem demora
Hoje não sei mais qual é ou foi a hora
Só sei que sem pressa eu vou agora
Para um lugar em que não preciso pensar no amanhã.