La la la la lá

Perdoe a falta de um terço;

a quintessência;

a manada no pulso,

mesmo à margem pungente;

- Igrejeiro de pouca vigília!

Lambo as luzes de neon,

o nariz do palhaço,

a gota de tinta,

o borrão.

Não me falta querer.

Aos dias tão cheios de se encher feridas,

a prosa caolha

corre à terra seca,

pastagem de saibro.

Mas não me falta querer.

Lambo as luzes de neon,

o nariz do palhaço,

a gota de tinta,

o borrão.

Um poeta ajuíza as palavras como a fermentar os sonhos uns nos outros.

La la la la lá

La la la la lá.