Clara
Clareou o dia, Clara.
Com sua face nua.
Clarearam os olhos, Clara,
com sua vista crua.
Clarearam as aguas claras
e mais claras ficaram ...
e algo mais caras
claro, também se tornaram.
E mais caras surgiram
Nas noites já claras.
Porém Clara, claro, eles nao a conhececiam.
Moeda velha de duas caras.
Quando na confusao, Clara,
a noite ficou um tanto escura.
E já nâo se enxergava a cara,
que de tâo cara já nos parecia dura.
E entao claro,
clareou a noite e fez-se dia,
e já nao eram caras nem carros,
era Clara, que clareando, para casa se ia.
Luiz