Rimas de um sonho
Escondida sob o véu ou aba do chapéu,
Caminhando pelas ruas apressada seguia para o cortiço.
Executava as tarefas domésticas depois corria a pegar um livro, seu abrigo, melhor amigo e ficava sorrindo imaginando as moças de outrora.
Tempo sombrios, de segredos, escritas sob pseudônimos e medos, as mulheres viviam apenas para servir.
Raquel queria, com suas poesias, tirar a família dali, o cortiço tinha levado a saúde de seus pais e sacrificava seus irmãos.
Pegava seu caderninho de folhas amarelas e traçava sonhos em rimas, sabia que precisaria de muito se quisesse ser vista e lida.
Desistir nunca esteve em seu pensamento, seguia a lida diária de domestica e poetisa à noite em segredo.
Uma oportunidade lhe veio, seu mundo estremeceu e os sonhos reais lhe pareceram, Raquel escreve para milhões de leitores e deu vida a nova a todos.
Lilyth Luthor